sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Habeas Corpus (2005)


(Brasil, 2005, 20min. Direção:Debora Diniz e Ramon Navarro)

Comentários Wanderson Flor: O documentário acompanha o sofrimento de Tatielle, uma jovem mulher de Morrinhos, interior de Goiás. Grávida de 5 meses de um feto que não sobreviveria ao parto, um habeas corpus apresentado por um padre que sequer a conhecia impediu Tatielle de interromper a gestação. Já sentindo as dores do parto, Tatielle foi mandada embora do hospital onde estava internada em Goiânia. De volta para Morrinhos, Tatielle agonizou cinco dias as dores de um parto proibido pela Religião e pela Justiça.


Habeas Corpus - um filme de Debora Diniz e Ramon Navarro from Universidade Livre Feminista on Vimeo.

Download do documentário (mp4): Use o Downloadhelper (add-on) do Navegador Firefox para baixá-lo. Quando aparecer 3 bolinhas coloridas mexendo na barra de navegação, vá na seta ao lado e baixe o arquivo mp4.

6 comentários:

Anônimo disse...

Me segurei pra não chorar pelo sofrimento dessa família

Rafs disse...

mt bom
obrigado!

Anônimo disse...

Olá meu povo! Fico muito satisfeito de encontrar um blog como esse !!

Muito obrigado gente. FORÇA!

Juliano da REDE

saturnreturn disse...

A religião não tá mais para ópio do povo. Se o fosse, ao menos aliviaria a dor da pobreza. Não: a religião é a desgraça do povo, mas só quando este é pobre. Pros ricos, o estado laico existe nas caríssimas clínicas clandestinas.
Que ódio desse padre e dessa religião.

Larissa Pinheiro disse...

Amados, é muito triste o sofrimento dessa família, sim. Mas também é triste o ódio com que alguns, que se acham conhecedores da "verdade", tratam a religião. A começar, o primeiro erro é odiar algo que não se conhece. Se você não tem conhecimento nem mesmo sobre o que acontecerá amanhã, não fale de coisas tão maiores, não é sensato. É cegueira criticar uma religião por conta de um ato de um membro em particular, como se isso apagasse toda a história de bondade e Amor que a Igreja tem construído. Ao "D." que refere-se à Igreja Católica com tanto ódio, aconselho-te a repensar seus conceitos, antes de sair criticando uma hitória viva de mais de 2mil anos. Segundo, alguém perguntou ao Pe. em questão porque ele teve esta atitude? É bom que todos conheçam que existe um direito de todo cidadão ("inclusive" dos Padres, veja só!) de solicitar Habeas Corpus em favor de qualquer pessoa que esteja sofrendo. Neste caso, o Padre o fez para proteger a criança, que, DEVIDO A UM DIAGNÓSTICO MAL DADO, estava sendo condenada à morte. Diagnóstico mal dado sim. Sou estudante de Medicina e posso garanti-los, não por mim mesma, mas por toda a Literatura científica disponível a quem quiser se aprofundar, que a doença que acometia o bebê não era incompatívle com a vida - ou seja, não significava que ele "daria o 1º choro e morreria", como foi muito mal explicado aos pais da criança. Tentarei simplificar ao máximo: o bebê sofria de uma doença em que a parede abdominal é mal-formada e alguns órgãos (vísceras) ficam expostos. Há tratamento de sucesso cientificamente comprovado em que faz-se um curativo na parede abdominal e trata-se, de forma que haja uma cricatrização. O risco de infecção é grande, claro, mas, repito, não é incompatível com a vida. Há tratamento! Então, não seria "justificável" um aborto (nunca há justificativa para aborto, mas não vou entrar nessa discussão no momento)! O Padre fez muito bem em reivindicar que o bebê não fosse assassinado! A repercussão toda é só porque era um padre! O que ocorreu de triste neste caso foi a NEGLIGÊNCIA MÉDICA! Médicos irresponsáveis, por medo de se comprometerem com a Justiça, abandonaram a paciente, a mercê de dores! A indução ao parto é um ato irreversível e, já tendo sido feita em Goiânia, o médico jamais poderia ter dado alta à paciente! Além disso, é gritante o descaso dos médicos quando a paciente agoniza em dores! Não haveria nada de ilegal em administrar-lhe analgésicos para aliviar seu sofrimento. Bom, acho que é isso. É bom que conheçamos antes toda a história, antes de sairmos criticando a Santa Igreja Católica. A culpa do sofrimento dessa mãe não é do Padre que tentou salvar o filho dela, e sim da falta de responsabilidade dos médicos!

Minhoca Manca disse...

Concordo em não criticarmos a santa igreja católica, que ao longo desse 2 mil anos construiu tantas histórias de bondade e amor, foram tantos Santos do pau oco cheios de ouro roubados dos solos brasileiros, tantos índios escravizados, tanta gente morta na fogueira pela santa inquisição, tantos coroinhas estuprados por padres pedófilos... Um história tão linda de amor e bondade como esta, não deve ser criticada jamais!!